Deita,
E seu pensamento é só pena
Dá de braços qu'é pra ver se afugenta
Mas qual...
É pensamento distante
De tudo se ausenta
Então cresce o nó que lhe'nforca
Por não debandar a palavra
Revoadas contidas...
Quereria tanto...
Dizer de seu interno riso,
Como do frio que lhe corre
Mas palavras tem tantos braços
Tantos laços
Confundem-lhe a mente
E nada lhe ocorre
Então confia e cisma
Inda qu'em boca miúda:
-Ouvirá-me inda que muda!
E põe-se a moça e seu olho calado..
A ouvir o que diz seu amado
Vez ou outra um tanto zangado,
Mas sempre desfeito em mil cuidados
E rompe-se então a menina
Num esforçado sussurro,
A si,o mais profundo entoado :
Idem...