Deita,

E seu pensamento é só pena
Dá de braços qu'é pra ver se afugenta
Mas qual...


É pensamento  distante
De tudo se ausenta
Então cresce o nó que lhe'nforca 
Por não debandar a palavra 
Revoadas contidas...




Quereria tanto...
Dizer de seu interno riso,

Como do frio que lhe corre


Mas palavras tem tantos braços
Tantos laços 
Confundem-lhe a mente
E nada lhe ocorre



Então confia e cisma
Inda qu'em boca miúda:


-Ouvirá-me inda que muda!


E põe-se a moça e seu olho calado..
A ouvir o que diz seu amado
Vez ou outra um tanto zangado,
Mas sempre desfeito em mil cuidados


E rompe-se então a menina
Num esforçado sussurro, 
A si,o mais profundo entoado :

Idem...
Adah
Enviado por Adah em 12/09/2012
Código do texto: T3878780
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