Claustro
Nadir A. D'Onofrio
 
O inverno, logo mais termina
Horas que passam vazias
Quiçá levasse a agonia
D’alma, sem expectativas
 
Estações chegam e vão
Na capela o sino badala
O altar está sem arranjo
Vento, sobre a torre sibila
 
Não vejo planar meu anjo
Minha estrela não cintila
Meu eu, na escuridão tateia, 
E meu coração em arpejo
 
Saudade da minha fantasia
Em noites regadas em folias
Hoje, no claustro da abadia
Afloram lembranças libertinas
 
09/09/2012*23:30
Serra Negra/SP

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