ASSIM TÃO DISTANTES
Quantos olhares
Vejo assim tão distantes,
Viajando desvairados
Ao encontro de si mesmos!
Quantos olhares espelham-se,
Apenas em suas fúteis conquistas...
Quantos olhares perdidos
Através seus próprios espelhos!
Quantas esquinas e açoites
A estes olhares espreitam,
Vigilantes de suas presas
Deslembradas, esquecidas pelas noites!
Quantos olhares tortuosos,
Quantas diferenças...
Quantas neblinas
Cobrem estes abstrusos olhares!
Autor: Valter Pio dos Santos
Mar-2008