Meu futuro do pretérito
Se eu começasse a falar em asteriscos
como língua
e me comportasse sem guelras
em água doce
e declinasse de alguns verbos,
dividindo-os por etapas,
e abobado apanhasse os parágrafos, todos salgados,
satisfazendo-me dos frutos, ou não,
portas e poetas, antes da conexão.
Ordenasse sinfonia dos risos, como inspiro maestros em sala,
jogando capoeira com os versos,
da música;
como afã;
afã de quem se engana.
Tomava de meu encanto,
e me espremia no entanto,
qualquer órgão, um hortelã!
E identificasse as espécies,
o meu peito teria se humilhado,
e apanhado destinos,
o meu pleito sagrado.
Quem outrora havia se convertido
mas era outro animal,
percebia o meu jeito,
conjugado no pretérito mais que perfeito
dava-se por entendido,
um verbo atemporal.