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AO SOM DO BLUES
Ysolda Cabral
 

Na tarde feriado,
(Ao som do Blues)
Pensamentos vagos...
 
- Por onde tens andado?
 
No Céu do meu quarto,
Carneirinhos vão ao pasto;
Sono não tem.
 
Penso em você...
 
- O que faço?
 
Espero notícias...
Rezo, peço e brado: vem!
 
Ladainha sem ninguém;
Fica sem amém...
 
Vôo no compasso
Dos meus pés descalços...
 
Morre o Sol devagarzinho,
Pela fresta da janela.
Sombras e  quimeras...
 
Continuo sozinha;
Ao som do Blues...
 
No Céu do meu quarto,
Nem Lua e nem Estrelas.
Apenas, sonhos que traço.


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Seguindo as covinhas do rosto da poeta Ysolda, a quem aplaudo:

BLUES
Odir Milanez
Mesa de bar, a solidão e eu.
Num piano, "She's Gone". Um belo blues
a me lembrar de alguém que me esqueceu
quando as noites vestiam tons azuis.

Uma vontade de chorar me deu,
por nossos risos fáceis e tafuis!
Não pares, pianista. Anoiteceu.
Espera a solidão que continues!

Um copo a mais me faz sentir esteja
dela bem perto, faz com que a veja
em minha mesa, junto a mim sentada.

Beijo-lhe a boca à borda da cerveja,
beijo os seios no copo sobre a mesa,
deito em seu ventre e durmo a madrugada!

Jpessoa/PB
10.09.2012/oklima