Era uma luz rutilante
Jovem, constante,
com olhar interessante,
qual emanava rutilante luz.
E, não era Jesus sobre a cruz.
Mais um humilde falante:
Raimundo de Jesus.
Desmanchava-se à broa.
Era a bondade em pessoa,
era a simplicidade encarnada,
num coração esgarçado ao nada,
vivendo num mundo imundo à toa,
a resplandecer tão gloriosa luz,
de verdadeiro amor cor
de rosa-torpor.
E; o Zé Raimundo se foi,
pois, o povoado perdeu,
até porque não sabia
a tradução do amor
daquele sonho seu.
Partiu sem o adeus.
Quem pode ver a profunda
simplicidade de generosidade fecunda?
Pois, Zé foi sempre visto à “Zé-Mané”.
O nosso mestre está sempre invisível aos nossos pés.
A nossa pseudosabedoria mora na cega visão.
“Quem vê cara não vê coração”.
Zé, o grande pequenino