Era uma luz rutilante

Jovem, constante,

com olhar interessante,

qual emanava rutilante luz.

E, não era Jesus sobre a cruz.

Mais um humilde falante:

Raimundo de Jesus.

Desmanchava-se à broa.

Era a bondade em pessoa,

era a simplicidade encarnada,

num coração esgarçado ao nada,

vivendo num mundo imundo à toa,

a resplandecer tão gloriosa luz,

de verdadeiro amor cor

de rosa-torpor.

E; o Zé Raimundo se foi,

pois, o povoado perdeu,

até porque não sabia

a tradução do amor

daquele sonho seu.

Partiu sem o adeus.

Quem pode ver a profunda

simplicidade de generosidade fecunda?

Pois, Zé foi sempre visto à “Zé-Mané”.

O nosso mestre está sempre invisível aos nossos pés.

A nossa pseudosabedoria mora na cega visão.

“Quem vê cara não vê coração”.

Zé, o grande pequenino

jbcampos
Enviado por jbcampos em 03/09/2012
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