NASCIMENTO AOS 197
Juliana Valis
Nasci com 197 anos,
Entre os desenganos
De um mesmo tempo...
Não pareço jovem,
Talvez não seja jovem,
Talvez não seja nada...
Eis que o vento brada
No carnaval de amores,
E nessa mesma estrada,
Ofuscando as dores,
Ah, meu coração se perde,
Ao longo de séculos, cores,
Anos que o sonho mede,
Além de tantas flores...
Céus, onde estarão meus dias ?
Onde estarão as alegrias
De quem só chora e vive ?
No ar, pensei na hora livre
E pude constatar que o tempo
Sim, o tempo, apenas me rendeu...
E, a despeito do vento, quem serei eu ?
Nesse idílio meu que foi feito agora,
A vagar na hora do verso que perdeu
A juventude vã de quem sempre chora...
E, digo apenas, sem qualquer demora,
Nasci com 197 anos,
Entre os desenganos
De um mesmo tempo,
E já nem sei se o vento
Contará histórias,
Quando eu partir daqui,
Sobre os milhões dos anos
Entre os desenganos que nem sequer vivi.
Juliana Valis
Nasci com 197 anos,
Entre os desenganos
De um mesmo tempo...
Não pareço jovem,
Talvez não seja jovem,
Talvez não seja nada...
Eis que o vento brada
No carnaval de amores,
E nessa mesma estrada,
Ofuscando as dores,
Ah, meu coração se perde,
Ao longo de séculos, cores,
Anos que o sonho mede,
Além de tantas flores...
Céus, onde estarão meus dias ?
Onde estarão as alegrias
De quem só chora e vive ?
No ar, pensei na hora livre
E pude constatar que o tempo
Sim, o tempo, apenas me rendeu...
E, a despeito do vento, quem serei eu ?
Nesse idílio meu que foi feito agora,
A vagar na hora do verso que perdeu
A juventude vã de quem sempre chora...
E, digo apenas, sem qualquer demora,
Nasci com 197 anos,
Entre os desenganos
De um mesmo tempo,
E já nem sei se o vento
Contará histórias,
Quando eu partir daqui,
Sobre os milhões dos anos
Entre os desenganos que nem sequer vivi.