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MEU ERRO


Esperei que o mar
Fosse doce
(Embora não fosse).
Eu pensei que o vento
Traria perfumes,
Mas não trouxe...

Desejei que uma flor
Se abrisse
E jamais murchasse,
Desejei que o tempo
Não passasse...

Eu pensei que o amor
Compreendesse
Sempre, incondicionalmente,
Mas o amor esqueceu-se
De amar; retirou-se
Ao trazer consigo
O castigo,
Desamou-se...

Quisera abraçar e trazer
Sempre comigo,
A certeza tranquila,
A esperança trançada
Nos cabelos!

Mas a trança desfez-se,
A esperança partiu-se
Em pedaços pequenos
Cortados em foice...

E de erros em erros,
O que eu esperava
Tornou-se pó,
Foi soprado sem dó
Pela boca profana,
Pela voz rouca, louca
Sussurrante.

*


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Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 27/08/2012
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