As Criptas

Construo cidades aqui dentro,

edifícios, casas, escolas.

Torres altas, as quais subo

e admiro a minha criação.

Logo as abandono

e nelas habitas os meus

anjos e demônios,

meus sonhos e paixões.

Cidades fantasmas,

belas casas inabitadas

ocupando espaço na alma.

Meus flagelos.

Os anjos partem

e os demônios tomam conta,

não me atingem,

mas lá estão.

Às vezes fazem

uma revolução,

chegam perto

da destruição.

Mas como não tem a razão,

a paz permanece aqui

em meu coração

e intocada fica a imaginação.

O amor inventa,

cria e recria,

mas permanecem vazias,

estas cidades que chamo de criptas.

Rafael Razador
Enviado por Rafael Razador em 25/08/2012
Reeditado em 25/08/2012
Código do texto: T3848627
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