Quando renasci não dormi
De tão claras noites 
Esfolei  as pontas dos dedos no intento de versos

Cismei nas curvas dos ventos

Chutei umas pedras
Outras ficaram guardadas entre os dedos dos pés
Indigestas...


Então ponho-me a cerzir
E teço uma estranha colcha sem quimeras
Descrente qu'estou


Minhas deidades  comem e bebem veracidades...
Não espio no poço
Renego  reflexos


 
Inda trago em mente esboços de paragens...
Imagens suaves...
 
 

Quereria um outro dia
Quereria de volta minha antiquíssima poesia
 
 
Mas trago as mãos como que atadas
O risco que traço não é de meu braço
O risco que traço é descompasso...
 
 
 
 
 
Adah
Enviado por Adah em 24/08/2012
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