Quando renasci não dormi
De tão claras noites
Esfolei as pontas dos dedos no intento de versos
Cismei nas curvas dos ventos
Chutei umas pedras
Outras ficaram guardadas entre os dedos dos pés
Indigestas...
Então ponho-me a cerzir
E teço uma estranha colcha sem quimeras
Descrente qu'estou
Minhas deidades comem e bebem veracidades...
Não espio no poço
Renego reflexos
Inda trago em mente esboços de paragens...
Imagens suaves...
Quereria um outro dia
Quereria de volta minha antiquíssima poesia
Mas trago as mãos como que atadas
O risco que traço não é de meu braço
O risco que traço é descompasso...