DOCE FAR NIENTE
No bar com os amigos
Encharco a língua e as palavras
No álcool imprudente
Reinamos absolutos
Ali sou mais eu, sou mais puro
Sou mais gente!
Na turba alegre
Descobrimos despudoradamente
Os prazeres
Mundanos
E a vida, quem diria
È mesmo um presente!
A língua talha afiada
Debocha-se de tudo
Os problemas são fatiados
A realidade é bufa, vira piada
No doce far-niente
Naquela atmosfera
surreal
ninguém
Ama
Ninguém sofre
Ninguém mente
O corcel de dores some
E a felicidade
È um relâmpago, uma febre
Que alumia
o coração
De forma intermitente
Ali a existência é leve
Nada dura, tudo é breve
E a animação
Sem freios é
Uma anestesia
Que atenua os males
da mente!!!