Equilíbrio
À medida que amadurecemos e somos contemplados com a benevolente experiência, temos a oportunidade de formular estratégias para um viver melhor. Dessa forma, vamos descobrindo algumas lições chaves para a tão almejada felicidade. Uma delas é andar na corda da vida mantendo sempre o equilíbrio, evitando o inquestionável perigo dos extremos.
E aprendemos que não devemos ser tão fortes que não precisemos de ninguém, nem tão fracos que nos tornemos inteiramente dependentes;
Ponderamos que o tom de voz não deve ser excedente que alcance a altivez, nem diminuto que beire a sujeição;
Percebemos que o abraço não deve ser frouxo que permita o escape, nem apertado que mantenha cativo;
Compreendemos que o beijo tem de ser intenso o suficiente para demonstrar paixão, sem que seja agressivo; e suave o necessário para manifestar ternura, sem que seja insípido;
Descobrimos que nossa presença deve ser o bastante para que não se torne banal e que nossa ausência deve ser o suficiente para que não sejamos esquecidos;
Entendemos que um coração não deve ser ríspido ao ponto de desprezar o outro, nem tenro ao ponto de deixar-se desprezar por ele;
E por fim, comprovamos que o lugar ideal é sempre no meio do caminho, para que ambos tenham galgado a mesma quantidade de passos até o encontro.