A mutação dos roubos
A mutação dos roubos
Talvez, não pensardes como eu
Ao propor que roubar é mais do que crime
É um erro, cujo tamanho se perdeu
E não há o que subestime.
Ao mentir para alguém
Estais roubando o direito da verdade
Que, não deixa de ser teu também
Estais faltando com a honestidade.
Quando um político desvia verbas
Rouba o direito de se saber o uso do dinheiro
O direito que a ética preserva
O trabalho de anos inteiros.
Quando se trata de um assalto
Eis, o famoso crime
Ao qual se atribui o “sobressalto”
E sempre há o que estime.
Ao esconder algo
Roubas o direito de saber
É uma forma de mentira e, com respaldo,
Não vale à pena esconder.
A mutação dos roubos
Em que consiste a verdade
Seria necessária uma mente cheia de soldos
Para que o mundo conheça a honestidade.
Quando és infiel
Falta com a fidelidade
Eis um roubo cruel
Uma brusca falsidade.
Quando terminas com a vida de alguém
Tu roubas o direito desta à vida
E mereces ser roubado também
Pois, se tu fazes, deve sofrer na mesma medida.
Quando compras algo “fiado”
Roubas o direito da recompensa
O equivalente transformado
Por uma felicidade que não faz diferença.
Quem nunca roubou ou foi roubado
Então, atireis a primeira pedra
Se caso esteja amedrontado
É porque tua consciência é cega.
Marcel 25-09-08