Wassily Kandinsky ___"No Azul"___
AVE QUE SE CONFUNDE COM O SOL
Como Ulisses porfio por voltar
/ ao meu Lar
mas minha situação é mais dramática
/ que a dele os pretendentes
estão no meu próprio barco
e eles armam armadilhas para que eu
/ não consiga manietaram Penélope
/ para que o poder rainho
/ de suas doces mãos
não se exerça ___ e possam-me tecer
/ a mortalha
fria e sem folhas
Só o mastro ainda é uma árvore
e peço que colha os frutos para voltar
para a Alma !...
Tudo que me poderia servir de auxílio
é dissipado...
de tal sorte__ que tenho que lidar
/ sempre com pratos vazios
Mapas portulanos guias da posição
/ das estrelas
a tudo eles consomem__ com o fogo
/ rígido estrutura
espelhar...
e elejeram Polifemo __ o cego bárbaro
com sua roupa áspera de espinhos
/ pelos para
dirigir o leme!...
A navegação__ que mesmo__ dura __
/ e insegura__ era possível
__tornou-se impossível__
e mesmo a de glaucos olhos ___ razão
/ que considerava invencível
a colocaram__ de lado...
como um Mito ___ desativada, como
/ única velha estação rodoviária
___ inerte jaz sem caminhos!...___
e estou só ___ no gelado sangrento
/ sinal fechado...
onde a Vida se distancia mais
levada pelo furor desses reis dos mares
/ mais
potentes que Netunos
o que possuía ao menos___
/ verdes barbas!...
Talvez não me matem esperam-me
/ apenas envelhecer
como uma Nau sem porto
só para terem o prazer de me verem
__apalpar o lodo...__
Último recurso Telêmaco___ ainda
/ acredito nele porque possui
/ barbas da Manhã
___ o regresso à Alma é sempre difícil
assim nos dizem os mares
mas ... __ uma ave suave... pousa!...
/ e se confunde com o Sol !...
AVE QUE SE CONFUNDE COM O SOL
Como Ulisses porfio por voltar
/ ao meu Lar
mas minha situação é mais dramática
/ que a dele os pretendentes
estão no meu próprio barco
e eles armam armadilhas para que eu
/ não consiga manietaram Penélope
/ para que o poder rainho
/ de suas doces mãos
não se exerça ___ e possam-me tecer
/ a mortalha
fria e sem folhas
Só o mastro ainda é uma árvore
e peço que colha os frutos para voltar
para a Alma !...
Tudo que me poderia servir de auxílio
é dissipado...
de tal sorte__ que tenho que lidar
/ sempre com pratos vazios
Mapas portulanos guias da posição
/ das estrelas
a tudo eles consomem__ com o fogo
/ rígido estrutura
espelhar...
e elejeram Polifemo __ o cego bárbaro
com sua roupa áspera de espinhos
/ pelos para
dirigir o leme!...
A navegação__ que mesmo__ dura __
/ e insegura__ era possível
__tornou-se impossível__
e mesmo a de glaucos olhos ___ razão
/ que considerava invencível
a colocaram__ de lado...
como um Mito ___ desativada, como
/ única velha estação rodoviária
___ inerte jaz sem caminhos!...___
e estou só ___ no gelado sangrento
/ sinal fechado...
onde a Vida se distancia mais
levada pelo furor desses reis dos mares
/ mais
potentes que Netunos
o que possuía ao menos___
/ verdes barbas!...
Talvez não me matem esperam-me
/ apenas envelhecer
como uma Nau sem porto
só para terem o prazer de me verem
__apalpar o lodo...__
Último recurso Telêmaco___ ainda
/ acredito nele porque possui
/ barbas da Manhã
___ o regresso à Alma é sempre difícil
assim nos dizem os mares
mas ... __ uma ave suave... pousa!...
/ e se confunde com o Sol !...