Quando eu fecho os olhos

Sinto o vento bater forte contra mim

Vejo tudo bem pequenino, estou em cima

Estou no alto, acima das nuvens

Estou voando, estou liberta

Sinto o calor do sol me aquecer

Sinto as águas gélidas me refrescarem

Quando um mergulho nelas eu dou

Estou no fundo, no fundo do mar

É tudo tão intenso, tão vibrante

É tudo tão possível

Está tudo em paz, não há gritos

Não há queixas, não há certo e errado

Não há brigas, não há preconceito

Não há ceticismo, não há padrões

A fome acabou, a violência parou

O choro de tristeza cessou

Corro ligeiro pelo campo

E, num impulso, estou voando novamente

Sinto uma felicidade que me toma por completo

Sinto a liberdade intensa, pulsante

Sinto-me assim toda vez que fecho os olhos.

Laila Casperini
Enviado por Laila Casperini em 22/08/2012
Reeditado em 07/05/2013
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