Conversões Convexas
Planando no horizonte, estão as aves sobre as marés
Um pouco abaixo percebo, aquelas bélicas galés
Tênue linha que separa, a redenção do holocausto
A dualidade de espírito, é céu ou hermético claustro
Ressaca que nos conduz, pode ser marítima ou moral
A primeira nos borrifa água a segunda é cobra coral
Tem também o velho ébrio, balbuciando o desconexo
Distorcendo o que achamos real, tal qual espelho convexo
Tudo que alimentamos, digerimos em perfume ou pastoso
Que pode nos brindar em aroma ou num fétido horroroso
E assim segue a humanidade, oscilando entre a sombra e a luz
Contudo eis o livre arbítrio, farolete que nos conduz...