Conversões Convexas

Planando no horizonte, estão as aves sobre as marés

Um pouco abaixo percebo, aquelas bélicas galés

Tênue linha que separa, a redenção do holocausto

A dualidade de espírito, é céu ou hermético claustro

Ressaca que nos conduz, pode ser marítima ou moral

A primeira nos borrifa água a segunda é cobra coral

Tem também o velho ébrio, balbuciando o desconexo

Distorcendo o que achamos real, tal qual espelho convexo

Tudo que alimentamos, digerimos em perfume ou pastoso

Que pode nos brindar em aroma ou num fétido horroroso

E assim segue a humanidade, oscilando entre a sombra e a luz

Contudo eis o livre arbítrio, farolete que nos conduz...

Leonardo Borges
Enviado por Leonardo Borges em 17/08/2012
Reeditado em 17/08/2012
Código do texto: T3835130
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