Parece castigo
Esta vida que me leva a remar num barco em alto mar, já me encheu de calos.
Apenas mar, mar e mar...
Maresias, maresias...
Praias, praias e perigos...
Que trazia um cheiro de pele de sol, mãos mornas...
Beijos hidratantes, refrescantes, feito água de coco...
Cicatrização de lábios rachados...
Uma cabana de palha, vento que sacode a roupa;
Tranqüilidade...
Se fosse deserto diria que era miragem...
Mas foi sonho de praia...
E ainda nele (no sonho) as marés chegavam me devolvendo ao mar.
Em quantas praias ainda este mar vai me jogar?...
Quantas dunas ainda terei que escalar?...
E tu, que fica nas areias a me esperar sempre que vou aportar...
Sem camisa, cabelo ao vento, bronzeando meu pensamento.
Sugerindo alimento, ofertando abrigo, repouso em tua morada...
Em cada ilha, em cada praia teus braços se erguem,
Me chamam – Vem cá!
Mas teu corpo me sacode mais que as ondas das águas...
E me largam sempre prostrada...
Receios me levam de volta ao mar...
Pego o barco...
E o remo?...
Submergiu cansado no azul...
Eis que fico aqui, novamente em maresias, perdida e à deriva...
Parece castigo!
Esta vida que me leva a remar num barco em alto mar, já me encheu de calos.
E pensar que de tanto enfrentar as vagas deste mar, finalmente entrarei num canal que me levará a desfrutar de um lago límpido e tranqüilo com águas que lavarão as feridas... Lago plácido circundado por matas virgens balançadas por tímida ventania... Brisa!
Mas o que vejo?...Apenas mar, mar e mar...
Maresias, maresias...
Praias, praias e perigos...
Eu que dos sete mares enfrentei ondas que lambiam palmeiras havaianas... Verdadeiros tsunamis que me largava entre espumas numa praia qualquer...
Só um sentimento de culpa do mar, me permitindo ser abraçada e acalantada na areia, a insolação sendo tratada com brisa...Que trazia um cheiro de pele de sol, mãos mornas...
Beijos hidratantes, refrescantes, feito água de coco...
Cicatrização de lábios rachados...
Uma cabana de palha, vento que sacode a roupa;
Tranqüilidade...
Se fosse deserto diria que era miragem...
Mas foi sonho de praia...
E ainda nele (no sonho) as marés chegavam me devolvendo ao mar.
Em quantas praias ainda este mar vai me jogar?...
Quantas dunas ainda terei que escalar?...
E tu, que fica nas areias a me esperar sempre que vou aportar...
Sem camisa, cabelo ao vento, bronzeando meu pensamento.
Sugerindo alimento, ofertando abrigo, repouso em tua morada...
Em cada ilha, em cada praia teus braços se erguem,
Me chamam – Vem cá!
Mas teu corpo me sacode mais que as ondas das águas...
E me largam sempre prostrada...
Receios me levam de volta ao mar...
Pego o barco...
E o remo?...
Submergiu cansado no azul...
Eis que fico aqui, novamente em maresias, perdida e à deriva...
Parece castigo!