* MEU SILÊNCIO *

Este meu silêncio tem eco

Além do infinito reverbera

Enquanto uma lágrima seco

Tento decifrá-lo. Quem dera!

Palavras mortas insepultas

Desafiam a compreensão

Silentes, na alma ocultas,

Aguardando ressurreição

Por que tamanha aflição?

Para que tantos enigmas?

Afinal, qual é a questão?

A vida seria um estigma?

O que a vida é, quem sabe?

Uma resposta, quem daria?

Será que entendê-la nos cabe?

Ao fim, o que nos esperaria?

Volto então pra dentro de mim

Desistindo face ao mistério

Sigo, ignorando a que vim

Mas, o silêncio é refrigério?

* * * * *

TÃNIA MARA, refetindo filosoficamente sobre as indagações:

CONFRONTO

É bem, é mal

É existência

É insistência

É diferente

É igual

É vida

É morte

É inevitável

É vital

O ciclo que protege

Desprotege

Que rege

* * *