Sou filho da vida
E órfão do tempo
Sou a semente perdida
Que outrora foi deixada ao vento
 
Sou filho do vazio
E o pai da solidão
Sou o sonho errado
Que nasceu sem direcção
 
Sou o fruto sem árvore
A maça podre caída
Sou terra que ardeu
E que pela agua foi esquecida
 
Sou a folha que flutua
O caminhante sem rumo
Sou a brisa gelada
Que sopra nos confins do mundo
 
Sou a erva daninha
O berço da tristeza
Sou  pedra de jardim
Que nunca teve lugar na certeza
 
Sou o outro lado do sorriso
O lado oposto da felicidade
Sou filho da vida
E fui abandonado ás portas de uma triste realidade….
valdo santos
Enviado por valdo santos em 12/08/2012
Reeditado em 19/12/2014
Código do texto: T3826177
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