apaga a luz

a luz da vela me via

vê-la não me levava a nada

nem sempre o que me conduz

condiz com a minha consciência

quem sabe se a luz

não é inoportuna

porque acende

quando não devia?

enxergo mais à noite

a claridade ofusca os olhos

talvez como a simpatia

que ao fugir de certas regras

não provoca o que queria

de noite, tudo é indevido,

mesclado, indefinido

não há a menor garantia

só o olhar da cotia

que olha pro norte e pro sul

sem temer o torce-colo,

o que a gente não poderia...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 07/08/2012
Código do texto: T3818841
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