VIDA MALIGNA... BENIGNA...

A vida é muito boa
e u´a assassina calculista,
premeditária, fria e cruel,
pois, nos mata dia a dia,
em doses letais de homeopatia...

Ainda assim, nós a louvamos,
inda mesmo assim, a ela,
nós tiramos o chapéu
todos os dias, ao fazermos
e a lhe dedicar poesias!

Nunca a culpamos, nem a culpemos,
nem 
puni-la podemos, afinal,
essa tal vida maligna é benigna
é mesmo uma fila sem destino ou objetivo.
e se chegarmos ao seu fim... Eis o crivo!

“Olê... olê... olê... olá...
tem samba de sobra
e ninguém quer sambar
não há mais quem cante
e nem há mais lugar...
O Sol chegou antes
do samba acabar...
Quem passa e nem liga
já vai trabalhar..."


Pro sustento da vida continuar...

E lá no fim da fila:
Acabou-se a brincadeira,
"Olê, olê, olê, olá!..."

Acabou-se a brincadeira,
"olê, olê, olê, olá!..."

Toca o bonde pra Lapinha,
Que eu quero vadiar...
Eis da vida a modinha
que mais gosta de cantar...

"Olê, olê, olê, olá!..."

OLÉ!...

(Entre "aspas" são textos de Chico Buarque em "Olê, Olê, Olê, Olá!...")
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 05/08/2012
Reeditado em 09/08/2012
Código do texto: T3814690
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