Esqueci-me
Esqueci-me nas arestas da madrugada,
sugeri uns poemas bestas,
reiterei, pensei demais,
olhei nos atos algo demais,
algo que traz à tona uma vida promíscua, mas livre,
um pecado sem gosto nem peso de pecado (se é que o tem de fato!).
Esqueci-me nas arestas da madrugada...
Como quem anda à procura
de boas novas,
como quem está demasiadamente cansado
por ser morto no olhar.
Sem brilhos.
Sem interjeições.
Sem nada que fora meu.
Esqueci-me nas arestas da madrugada... e ainda venho tentando
esquecer que esqueci de estar nos braços teus.