Esqueci-me

Esqueci-me nas arestas da madrugada,

sugeri uns poemas bestas,

reiterei, pensei demais,

olhei nos atos algo demais,

algo que traz à tona uma vida promíscua, mas livre,

um pecado sem gosto nem peso de pecado (se é que o tem de fato!).

Esqueci-me nas arestas da madrugada...

Como quem anda à procura

de boas novas,

como quem está demasiadamente cansado

por ser morto no olhar.

Sem brilhos.

Sem interjeições.

Sem nada que fora meu.

Esqueci-me nas arestas da madrugada... e ainda venho tentando

esquecer que esqueci de estar nos braços teus.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 02/08/2012
Código do texto: T3809605
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