Vivendo

Tola, rótulo, sombra dos escolares dias,
Seguem-me pelas ruas, escuras e vadias,
Na esperança de encontrar companhias
Carregadas da vida que nada silencia.

Olhos fechados e, com vento da simpatia,
Tenho liberdade de expressar um “bom dia”!
De espalhar com lábios firmes a alegria
Que capturo no riso da manhã nublada e fria.

Começo por olhar aquela fronte esguia
No rosto quieto, calmo; onde a paz recria
Seu potencial com silente e doce sinfonia.

Penso nas rugas que lançam belas teorias
Em oficinas de muitas janelas, sem peias,
Fonte de conhecimento, mesmo tardia.