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Ah! Como eu queria ser mais controlado!
Embora tenha o peito sangrando
De tentar segurar meus cavalos selvagens,
Vez por outra, escapam
E me desacatam.
Saem me apontando detalhes de minha paisagem,
Ríspidos de se ver.
Piores ainda de se viver.
Ficam se rebelando,
Impedindo assim, que permaneça bem comportado.
Como se fosse a pessoa mais feliz do mundo,
Tendo abismos emocionais tão profundos.

O processo todo é horrível, dilacerante.
Saem monstros horripilantes,
Violentos,
Pelo desgaste ter chegado a extremos.
Entalhes, até agora, incompreensíveis,
Para quem está tão vulneravelmente sensível.
Sei que passa.
Mas, invariavelmente, me arregaça.
Não acredito que volte melhor.
Ao contrário, volto menor.
Acrescenta-se, apenas, mais uma cicatriz, 
Mais um borrão, em meu desenho a giz.

Para voltar ao normal,
Preciso me atirar nos braços do excepcional.
Momentos de intimidade florestal...
... De navegação sideral!
Preciso escrever, como agora,
Ouvindo música,
Minha Deusa Única,
Para esticar, novamente, a corda.
Volto, rapidinho,
Para o meu cantinho,
No ar...
Onde me é espontâneo versejar e cantar!



Som New Age
"The Golden Voyage"
http://www.youtube.com/watch?v=LxVXAgXIbcY 



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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 30/07/2012
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