CIÚME

Ciúme para muitos um mau

Que mata e destrói o amor.

Mas se não existisse o ciúme

Qual sentimento seria o “sismômetro”?

Qual sentimento iria acender a intuição?

Quem iria assumir a difícil tarefa de

Dizer? Oh, preste atenção: O seu marido,

Namorado, amante, está em outra estação...

Corre! Teu amor, namoro está afundando,

Você deixou o leme ao vento!

E alguém já está fazendo o salvamento;

Respiração boca a boca!

Quando no relacionamento você é atento...

É tachado de chato, pegajoso, ciumento!

Quando você deixa seguir de acordo com a brisa

É chamado de desatento,

Diz-se que não ama que não cuida, não tem ciúmes!

O ciúme é o dia e a noite no amor.

É ele que diz se o amor está claro ou escuro...

Quando está claro, o ciúme não é ciúme

É cuidado, prazer em perceber

O quanto quem você ama é especial

Contentamento em sentir que,

Mesmo que seu amado esteja olhando em outra direção...

Todos os olhares do seu olhar são para você.

Quando o amor está escuro, mesmo que seu amado olhe

Para você, ainda assim, você não ver; ver o que não existe

Que o olhar do seu amado está olhando além de você...

E assim, o sentimento que instiga; faz matar, magoar

Desrespeitar, ferir, mata o amor, e nem a amizade, sobrevive!

A esse sentimento damos o nome de: “ciúme doentio”, mas

Existe ciúme doentio? Será que o doentio não é aquele ou

Aquela que se a pega a um sentimento de despertar a

Intuição e agrega a ele toda uma carga de raiva e frustração?

Pergunto por que sou ciumenta, e meu coração não

Conhece a operação matemática da “divisão”

Essa de ter filiais não é comigo, mesmo!

Então sou atenta mesmo, e muito! Ou ciumenta

Se preferirem assim.

Mas a violência não faz parte desse meu sentir.

Primeiro porque tenho o seguinte pensamento:

Primeiro eu, segundo eu, terceiro eu, sempre eu...

Então, se o meu ciúme me deixar doente é hora

De mandar seu “fulano” passear porque a mim

Ele já não traz mais o amor, e sim, a guerra.

Mas sem mais delongas afirmo: Sou ciumenta.

E quem diz não sentir ciúmes mente!

Edna Maria Pessoa.

Natal-RN, domingo, 29 de julho de 2012.