As pessoas pensam-se restritas a limites...
Dependentes de ilusórios rituais. Que triste!
Diante dessa balbúrdia material,
A que reduzimos nossa experiência sensorial,
A multidão foi agraciada com viseiras,
Que a mantém sobre a estreita esteira,
Dos atuais interesses das classes dominantes,
Senhoras de um egoísmo revoltante!
Egoísmo esse, pai de toda a manipulação,
De toda a devastação
Ética,
Estética...
Que assola o planeta, irresponsavelmente,
Lamentavelmente!
A ele, é que interessam os limites... alheios!
Espinhoso,
Venenoso
Esteio!
Via expressa para o deserto...
Para o incerto,
Escuro,
Impuro...
Para a solidão miserável...
Previsível, mais que provável!
A estúpida,
Fútil, rasa e, absurdamente, injusta,
Corrida capitalista,
Incentiva o cultivo das limitações,
Para manter o controle das alucinações,
Provocadas pela fragilidade de sua essência,
Pelo ritmo, vergonhosamente, atravessado de sua cadência.
Seu posicionamento
Escravagista,
Totalmente contrário ao firmamento!
Precisamos entender:
Podemos sim, ser
O melhor que pudermos ser!
É nosso dever,
Nossa obrigação,
Para com a vastidão.
Não tem mais graça brincarmos de revoltados,
Inconscientes,
Dementes!
Em nossa própria tristeza, aprisionados...
Permitiu-nos fazer essa viagem,
Por essa magnífica paisagem:
A Vida...
Que se quer florida!
Música indicada:
"Porto"
MPB4