Desencanto

Eu faço versos como quem chora

De desalento , de desencanto

Fecha meu livro se por agora

Não tens motivo algum de pranto

Meu verso é sangue , volúpia ardente

Tristeza esparsa , remorso vão

Dói-me nas veias amargo e quente

Cai gota à gota do coração.

E nesses versos de angústia rouca

Assim dos lábios a vida corre

Deixando um acre sabor na boca

Eu faço versos como quem morre.

Qualquer forma de amor vale a pena!!

Qualquer forma de amor vale amar!

Manuel Bandeira
Enviado por LucianAvanti em 26/07/2012
Código do texto: T3798669
Classificação de conteúdo: seguro