EXEMPLO PARA OS INSENSÍVEIS
Raimundo Alberto
A água tão incolor
Tão simples, sem esplendor,
Dá o verde das plantas
E o colorido de flores tantas...
Dá todas as cores do arco-íris no céu
E você não tira o chapéu!
A água, tão humilde e discreta, debaixo do solo,
Amamenta e carrega a semente no seu colo
Como se fosse seu filho!
Oh! Água! Fazes tudo escondido e nem notam seu brilho!
Que interessante!
Olhe que coisa importante:
A água dá para os demais
Aquilo que não tem!
E o faz tão bem, com tanto sucesso,
Parece que tem em excesso!
A água toma a forma do recipiente que a contém...
Parece ser frágil, ser submissa...
Talvez até a seja, mas na ocasião precisa!
Contudo, nos momentos extremos de um pesadelo,
Torna-se duro numa pedra de gelo!
A água forma mais da metade de seu organismo
E mesmo com sua indiferença e seu total antagonismo,
Contra você não se rebela!
Procure a sensibilidade para admirá-la e força para seguir os exemplos dela!