CÁLICE DA ROSA AO VENTO
Milhões de conveniências
Que se danem !... ( mesmo que suavemente ... )
A linha reta do poema da Vida pede
que se enrolem publicamente os tapetes das
etiquetas
Este espaço burguês de coisinhas e coisinhas a considerar é
irrespirável...
Isso impede a Felicidade do Assomo Poético
Rasgar, impiedosamente, todas as influências orbitais
/ da geração de ( mil novecentos e... ) 45...
retornar ao primeiro Oswald ao
Primeiro Mário
sem o terno-gravata das fórmulas prontas !...
Eles lá sabiam de tudo
Sabiam que vamos aonde o Horizonte dorme
Acordá-lo...
Fazer isso em relação à Vida também
a Felicidade não cabe em fórmulas prontas
mas na criança que lambe o prato
alheia de si...
Só Felicidade !...
Nossas mãos ...geladas... precisam de aquecimento!...
Virão novos invernos rigorosos e ai das flores!...
São todas as cores
São todas as raças
São todos os amores...
( Se bem que raça não existe, mas
é outra questão !... )
Todo o barco tem por pernas e pés os remos
Mas ___ está a tarde sempre imaginando se sabe a ciência
/ do navegar
se certamente sabe a Manhã que persuade com a página
/ esperançosa da Noite virar
a Tarde
O novo Sol trazendo... Sol !...
Faixas que não se limitam...
E por ser a Vida puramente pura...
o barco... não não ___voa !... ___ flutua!...
As águas são pra todos
Cristãos Ateus ou Mouros
porque a Sede é Imensa e intensas
___todas as razões de ser !...___
Perdoem-me às vezes ser tão lamuriento é que
a Poesia pede contento...
e há sempre essa inquietação do nada feito
a brilhar no Coração
estrela que dribla do tempo comum a foice
na Noite
Ai Coração o Imenso dar de Mãos !...
E sobreviver mais que bela Primavera !...
Como um músculo contraído à espera
da eternidade do movimento
ou ___ mais lírico !...___ como o cálice da rosa
___ao vento !... ___