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Ah! Se fosse possível identificar
De onde vêm nossas latências,
Nossas indiscretas querências,
A clamar!
 
Se pudéssemos desacelerá-las,
Desabilitá-las!
Desacreditá-las,
Minimizá-las!
 
Mas, não!
Na maioria das vezes, somos reféns!
Indefesos nenéns,
Em mãos de terrível vilão!
 
Pouquíssimo, podemos,
Até porque, não nos conhecemos.
Somos, a nós mesmos, estranhos.
Desconhecemos nosso tamanho.
 
Ou, o aumentamos à arrogância,
Fruto de nossa cósmica ignorância.
Desrespeitamos a criação em todas as suas instâncias,
Em quase todas as cotidianas circunstâncias!
 
Desviamos o foco,
Contaminamos o solo,
Com nossa impingida ambição material,
Absoluta e comprovadamente, banal!
 
Acredito que o primeiro passo,
Para sairmos desse embaraço,
Seja abrirmos bem os braços
Para conhecermos o celestial abraço.
 
Abrindo o peito para a afeição,
Automaticamente, há uma purificação,
Uma necessária depuração,
Para a chegada de nova irradiação.
 
Como o pensamento está contaminado,
Precisamos nos dirigir ao sentimento,
Para nos encontrarmos,
Para nos gostarmos!
 
Para nos tratarmos bem.
Para irmos além...
...Entendermos a interdependência,
Na qual foi construída a humana cadência!
 




 
 
Música indicada:
Na Linha do Mar
Clara Nunes e Nana Caymmi
 
 
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 16/07/2012
Código do texto: T3780266