UM VERDE CHAPÉU
"Dever de ver
tudo Verde
Verde-Negro..."
Manuel Bandeira
Para narrar bem em Poesia é preciso
morrer
Se transformar numa referência
só assim se desatam os rios do longínquo
só assim se pode mostrar o céu, assim azul e mostrar não como
infindável e assim
aos olhos___ interdita___
uma imensa lista mas com
um simples...golpe de vista !...
Confesso que Morri
Há muitas mortes ___ esta é como se fosse
uma Abdicação
Abdiquei de Ser para parecer mais conforme à humanidade
( dos tempos em que não estava morto não
guardo saudades !... )
Me transformo numa referência estrela pousada ou olho ou cisco
/ por cima
de um pedestal um obelisco
escultura moderna ___conserva porém o clamor
das formas eternas... Além ao Norte e ao Leste e Oeste
os planos da total clareza ___ a busca da simpliciadade
/ na inteireza...
Sou o Coração Aberto onde o Sonho de Deus pousou
apenas um Homem que não some mostra o lado construtor
( de Deus ) mas não com pirâmides, com vento do parecer Saber
útil em muitos pontos!...
Tantos pássaros se elevam para o céu
na longa planície amarela pra pontuação
da distinção ser mais bela
tocar o beijo do céu
resoluto pelo bem das fecundidades da fala de tudo
sou um ponto no olho do centro do Sol do Mundo
de onde a Poesia brota em desatados véus
irradio na ausência a presença
morto ___ e bem morto pra que fale o Mundo
morto eliminado desaparecido desnudo
mas um sinal surdo no infindável muro, a caminhada me chama
pra renovar o ceú com estrelas...e, para que a fala
/ de tudo englobe
alvissareiramente o Mudo
uso ... um Verde Chapéu !...
Lá de longe nos espia em faixas envolvidas
a fala de céu !...
As vezes um Poema é um tributo ao Mudo ___ a Vida
/ é maior em sua potência de assisto e desassisto
mas o Mudo é ocasião, a Vida insuperável nos intervivos
de surgir
___um verso bonito!...___
Assim Deus da matéria informe trouxe ___na luz da presença...
o Vivo...
porque e talvez isso e... mais Bonito !...