ABERTA COMO UMA FERIDA
Não há não deveria haver limites para a
Poesia
Cavalo de Rédeas Soltas
Tricanto de Amor tristrismado
Seu solto incêndio lavra tudo
Com veios de ouro ( tais )
incrustados cabelos
Enxó funda na Vida ___ essa madeira desinteira esse tributo
/ à celulose ___ essa
caixa de guardados e o ar
esconde o azul !...
Fui ao Sul ___ de lá ao ainda mais Sul e não cheguei ao
termo da Poesia
Não deveria haver na Poesia
Só uma desmesura do ser não infinita mas tornada
Origem
Olho ( Grande Olho ) na Porta de um Castelo Medieval
Burgo puro cheio de torres e ameias
Cheia a Poesia deveria ser cheia do Sol e
transbordá-lo...
Cheguei até o ponto onde florem as palavras com grandes
/ ramadas que a tudo envolvem
sufocantes ___ nessa asfixia sexual que prenuncia
o Gozo de tudo. Há um muro ...
encimado de aromas...
Canta o Galo Canta as cristas maiores e a Poesia
também canta
de manhã !...
Desemesurada... Esfaimada daquele prato de rabada
/ bem como
de comer as comidas mais finas num grande prato
___luzidio espelho___ da parte infinita...
que há na alma
Vista ___escandalizante, baudelairizante
aberta
___como uma ferida !... ___