ABERTA COMO UMA FERIDA

Não há não deveria haver limites para a

Poesia

Cavalo de Rédeas Soltas

Tricanto de Amor tristrismado

Seu solto incêndio lavra tudo

Com veios de ouro ( tais )

incrustados cabelos

Enxó funda na Vida ___ essa madeira desinteira esse tributo

/ à celulose ___ essa

caixa de guardados e o ar

esconde o azul !...

Fui ao Sul ___ de lá ao ainda mais Sul e não cheguei ao

termo da Poesia

Não deveria haver na Poesia

Só uma desmesura do ser não infinita mas tornada

Origem

Olho ( Grande Olho ) na Porta de um Castelo Medieval

Burgo puro cheio de torres e ameias

Cheia a Poesia deveria ser cheia do Sol e

transbordá-lo...

Cheguei até o ponto onde florem as palavras com grandes

/ ramadas que a tudo envolvem

sufocantes ___ nessa asfixia sexual que prenuncia

o Gozo de tudo. Há um muro ...

encimado de aromas...

Canta o Galo Canta as cristas maiores e a Poesia

também canta

de manhã !...

Desemesurada... Esfaimada daquele prato de rabada

/ bem como

de comer as comidas mais finas num grande prato

___luzidio espelho___ da parte infinita...

que há na alma

Vista ___escandalizante, baudelairizante

aberta

___como uma ferida !... ___

Jorge Sunny
Enviado por Jorge Sunny em 13/07/2012
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