Guerra interior

As histórias dos primeiros anos

Trazem o iluminado tempo da infância

Palavras ditas e lidas precedem o sono

Joelhos doloridos revelam a inocência

Era previsto naquele momento

O rompimento de uma sociedade

Cada um segue o próprio caminho

E experimenta suas vontades

Objeto perigoso de se guardar

Arvores que falam

Rios que cavalgam

Pedras que olham

Mortos que lutam

Até perder o censo do estar

Retorna de outro lugar inconsciente

Nas mãos o mais culto autor

As velhas histórias do passado

Relembram e encaram a dor

É mais distante do que no tempo de criança

Agora não fala e depois se calará pra sempre

Este não é o meu desejo, mas isto é imposto.

A guerra é interior, dentro do peito.

A estratégia se faz na mente

Dela o isolando completo

Ao mundo não ha mais expresso

Em palavras teus sentimentos

Sem motivos pra buscar palavras

Sem razões pra procurar explicação

Encontro perdido tentando me encontrar

Mas sei sempre estará de braços abertos

Olhando do horizonte o pequeno se aproximar

A criança retornar ao lar

Diferente, forte e inteligente.

No dia em que decidir voltar

Willian C Martins
Enviado por Willian C Martins em 10/07/2012
Reeditado em 15/02/2013
Código do texto: T3770284
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