Guerra interior
As histórias dos primeiros anos
Trazem o iluminado tempo da infância
Palavras ditas e lidas precedem o sono
Joelhos doloridos revelam a inocência
Era previsto naquele momento
O rompimento de uma sociedade
Cada um segue o próprio caminho
E experimenta suas vontades
Objeto perigoso de se guardar
Arvores que falam
Rios que cavalgam
Pedras que olham
Mortos que lutam
Até perder o censo do estar
Retorna de outro lugar inconsciente
Nas mãos o mais culto autor
As velhas histórias do passado
Relembram e encaram a dor
É mais distante do que no tempo de criança
Agora não fala e depois se calará pra sempre
Este não é o meu desejo, mas isto é imposto.
A guerra é interior, dentro do peito.
A estratégia se faz na mente
Dela o isolando completo
Ao mundo não ha mais expresso
Em palavras teus sentimentos
Sem motivos pra buscar palavras
Sem razões pra procurar explicação
Encontro perdido tentando me encontrar
Mas sei sempre estará de braços abertos
Olhando do horizonte o pequeno se aproximar
A criança retornar ao lar
Diferente, forte e inteligente.
No dia em que decidir voltar