A existência, constantemente, precisa fazer seus ajustes.
Precisa acentuar a fragrância de seu lume.
Para tanto, em determinadas ocasiões,
Contraria todas as previsões,
Tomando um rumo inesperado,
Dentro desse seu enredo,
Já, bastante sofisticado.
Talvez, seja esse atrito,
Que lhe proporcione tamanho enlevo:
O imprevisível,
Mantendo alerta todas as antenas,
Todas as centelhas,
Do sensível,
Para que se descortine,
Impunemente,
Belamente,
O bonito!
Em um primeiro momento,
Essa imprevisibilidade causa espanto,
Até algum desengano...
Como teria mesmo que ser,
Devido à humanidade não ter
Todos os dados;
Não ter acesso a todos os fatos,
Que movimentam a expansão,
O alinhamento,
Da Criação.
Normalmente, o tempo se encarrega
De trazer à tona as explicações,
As implicações,
Que se fizeram necessárias,
Para que a vida desenhasse sua meta,
Dentro de suas características coronárias,
Suas pulsações emocionais,
Suas contrações siderais...
Música indicada:
"Amando Sobre os Jornais"