Quando chega a Esperança

Eu havia colocado as flores amarelas, margaridas p'ra ser mais específica, em um pequeno e transparente vaso sobre a mesa. Isso se deu num dia destes, quando chegou a Esperança (E como a presença desta é sempre empolgante fez- se necessário arrumar toda a casa).

Abri a janela da sala, deixei entrar um pouco mais de ar, perfumei os cômodos, e cuidei de mim.

Posso afirmar que no meu rosto tinha sim uma brilho diferente ( contudo impossível de ser explicado aos céticos e frios). Eu estava mais forte, mais determinada. De tal modo que ao recordar de sonhos que eu já nem sonhava mais, chegava a tocá-los com a ponta dos dedos... Estremecia! E havia tanto de tudo que se podia querer dentro de mim que eu me derretia da cabeça aos pés, em sons estridentes e profundos que arrepiavam a mim mesma.

Como foi bom receber a visita da Esperança! A visita dela fez toda a difença aqui dentro do peito.

Por fim, ficamos o tempo todo juntas, e pra ser mais exata, coladas. Na verdade nos agarrávamos mesmo! Como um alguém que deseja outro alguém com toda a força e quando tem essa oportunidade se entrega. Completamente. Então eu começei a dançar e a deslizar conduzida divinamente pela Esperança, que me sustentava fortamente em seus braços. Foi um ressuscitar de emoções, desejos, objetivos, risos, planos. Até explodirmos e juntas desaparecermos no espaço.

Marcele.

Marcele White
Enviado por Marcele White em 09/07/2012
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