O cantar do Hino do Covarde
I
Um suspiro de fim de tarde
mais um coração que arde
mais um lugubre filho da arte
cantando o hino do covarde
E assim Parte
O dia que se vai e entra a noite
E o frio cortando-lhe a alma como um açoite
E desse sofrer ele se faz de marte
E o seu cântico de piedade
mistura-se com as lagrimas de saudade
Que caem incessantemente
enquanto canta o hino latente
O uivar do lobo para a lua
assemelha-se ao prantear de sua alma nua
chora e implora
Que Jeliel tire-o do aperto que lhe devora