Convicto

Na minha mente ecoa,

Algumas frases silenciosas,

Que me levam a loucura,

Usando palavras ociosas.

Ouço-me a dizer,

Onde está o teu brio?

Como o pudeste fazer?

Deixaste-a partir,

Negaste teu próprio ser.

Martirizo-me pelo que fiz,

Posto que até cheguei a sonhar,

Lembrei-me da pequenina,

Da qual não deveria lembrar.

Consciente estou do que fiz,

Ou melhor, do que deixei de fazer,

Neguei meu próprio desejo,

Dando meu parecer.

Criticado então estou,

E me crítico sem querer,

Mas tomei a melhor decisão,

Fiz o que um homem tem que fazer.

E o que ecoa em minha mente,

Logo vai ter que se calar,

Pois haverão novas decisões,

Pelas quais poderei me condenar,

Quando uma delas tomar.

poetadosol
Enviado por poetadosol em 09/02/2007
Código do texto: T375060