REGOZIJO
Questiono e por senão
apago o castiçal
se o rio é caudaloso
à margem o meu passeio.
Esqueço o seu seguir
por rumos que não sei
no verde que me veste
eu enveredo sóbria.
E bebo das nuances
das cores de outro mundo
do corpo que me arrosta,
do hálito da terra...
Depois volto refeita
à selva que me torna
um número e mais nada
no seu seio de pedra.
Um ponto em meio caos
qualquer que mude a soma
com meu caleidoscópio
meu regozijo, então...
Por fim neutralidade...
Sem fome e sem desdita.
A arte a vida imita?
Quiçá, prenunciação!