REGOZIJO

Questiono e por senão

apago o castiçal

se o rio é caudaloso

à margem o meu passeio.

Esqueço o seu seguir

por rumos que não sei

no verde que me veste

eu enveredo sóbria.

E bebo das nuances

das cores de outro mundo

do corpo que me arrosta,

do hálito da terra...

Depois volto refeita

à selva que me torna

um número e mais nada

no seu seio de pedra.

Um ponto em meio caos

qualquer que mude a soma

com meu caleidoscópio

meu regozijo, então...

Por fim neutralidade...

Sem fome e sem desdita.

A arte a vida imita?

Quiçá, prenunciação!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 28/06/2012
Reeditado em 28/06/2012
Código do texto: T3749680