DA ROSA FATAL

Às vezes o Poema irrompe de tal maneira que

tinha que acontecer !...

Não é bem um grito, é um estatuto de ser e estar

é um mar é um mar !

o insondável inimaginável mar mar

de todo o amar

cheio de estrelas

que pedem ser, recebidas, circumarredondando mais vida

/ sequiosas

das essências

de uma realidade líquida, molhada

mais matizada

como a Rosa Plena... A que tinha que contribuir

para as pétalas do Mundo

com aquelas bordas do Amor !

___ que dizem tudo ___

como as orlas que cercam todas as praias cheias

de conchas

que são os cantos das areias ( as conchas são as lágrimas

ou os cantos recantos das areias !...

lindas e repartidas ___como luas cheias !... )

consolo para a atual mudez das Sereias

reduzidas, as asas descheias a simples Mito...

nesse rito de desconhecença que a forçosidade de nossas vidas

___resta o consolo do mar e a fala

a que achávamos irredutível ___ a fala __

perde o ( Bem Bom ) estar ! ___

impõe ao Mundo !...

O profundo deixa de ser profundo !...

É essa fatalidade do poema que me assombra

Fura toda a lógica !...

É a expressão mais gratuita

e é como se Deus cansado do silêncio desse

a nós suas vozes

___cheias de Rosas ...___

Ou como a alma gritasse lá de dentro

se concretizasse de novo o Pensamento

Esse que era tátil e bordado lá no início

onde o Sonho dos Sonhos ( ou Sonho de Sonhos ) foi

Criado !

Jorge Sunny
Enviado por Jorge Sunny em 27/06/2012
Código do texto: T3747876
Classificação de conteúdo: seguro