DUREZAS DILUÍDAS
Uma poesia suave e sensível como água
sai da rocha
desenhar o fundo do mar com as palavras
cada gume delas a gosma de um impossível situado
as tiras longas de melado no doce
dizer ___ quase de suspensórios
Uma gravatinha borboleta
pousada no Jardim
e debaixo do céu sem fim
essa Terra redonda
Choacolhar as palavras num copo de Gamão
Vivê-las deixando a farinha dos sons
piramidais
___planícies com muitos elos ___
e assim ___tão assim não recusar o terno amarelo
da poesia
__a fina gravata atada nessa tinta que em madrugada e que
doura o papel...__
Soprar o Sopro com o Vento que o Pensamento
do aberto céu o solidéu
se continua grafando a mais pura unha escorreitamente
véu
como a solidária Avenida
__de todas as durezas diluídas !...__