A velha árvore m'embalou
Com seu braço calado

Amadeirado...
Meu olho cerrei
Nem respirei

E se o momento murchasse?
E se não mais brotasse?






O doce rio falou,
Com seu seixo rolado

Molhado...
Meu olho cerrei
Calei

E se o momento singrasse?

E se não mais aportasse?






O cão lambeu mi’a face
co'a língua quente

Carente... 
Meu olho cerrei
Inerte fiquei

E se o momento de mim se apartasse?
E se nunca mais retornasse?





O que vem a ser sempre ou nunca mais?
Decisões fatais?
Palavras mortais?
Quiçá...





Há quem veja mágoa...
Nesses meus olhos feitos d'agua...
Quiçá
É que  no fundo sabia
Um dia aconteceria


Por isto para sempre tudo guardei
Por isto para sempre tudo guardarei
Memoravelmente...

Na caixinha sem música de mi’a mente...




Adah
Enviado por Adah em 25/06/2012
Reeditado em 25/06/2012
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