Arrebol

As coisas nascem de manhã,
Entremeadas à neblina,
Crescem ao meio-dia,
Revelam-se (lindamente)
Ao arrebol...

À noite,
Viram fantasmas,
De cores fortes
Debruados de cinza,
Lembranças que nos perseguem
Ou nos enternecem...

Quero estar ao sol
Dos acontecimentos,
Quero saber o que me move,
Conhecer-me por dentro!

A cada coisa, um sabor,
Seja ele amargo ou doce,
Terá sido necessário.


E quem na vida tem sorte,
Há de encontrar o amor
A caminho do sol,
Ao arrebol...

***
Obrigada, Adria!

AO CAMINHO DO SOL
Já vivi, já chorei, já sofri
Já resisti ao amor e neguei a dor
Brinquei, amei, me alegrei

Mas um amor sempre busquei
Tanto amanhecer, tanto alvorecer
Tanta luz, nas alvoradas...
E a escuridão, nessa jornada.

Ao mais triste anoitecer!
O sabor sentido em cada momento,
O doce do primeiro amor,

O fel do primeiro dissabor...
Vou desfrutando cada sentimento,
Com ternura, interesse, calor...
Sinto na própria vida: o Esplendor!
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 25/06/2012
Reeditado em 16/06/2020
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