A mim maldigo e bendigo em risco
Corro todos os riscos em rabisco
Faço e desfaço
Completo e desfalco
Morro e renasço no bico do lápis
Sou nisto meu fundo de poço
E meu ápice


Assim m'engano e a quem me enlace
Sentindo ...mentirosamente...
Sussurrando mi'as mágoas...asperamente...


Dissimulo mi'as dores num riso
No risco eterno ,mas conciso
M'escondo do mundo a todo momento
E é esta fuga incessante, meu tormento


Em toda  carne finco meus espinhos
Às flores e a mim assim assassino
Em mi’a úmida mão ficam cetim e acutíssima ponta
Meu risco me ceifa e me desponta


Quereria andar à frente do tempo
Pois percebo o momento se cheiro o vento
As dores  do mundo,as bebo 
Como fora meu o veneno
Mas as minhas, 
Não são alheio terreno


O verbo é meu deus e meu visco
De meu verbo avidamente preciso
Meu risco é precisamente impreciso
Mi’a danação em letrada ação
Meu aço em grafite
Da mi'a fétida e olorosa mão
Não escorre limite...
Adah
Enviado por Adah em 23/06/2012
Reeditado em 23/06/2012
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