Em minha atual frequência,
De lírica ardência,
É rara a ressonância,
Praticamente nula a impedância,
Entre meus irmãos,
Minimizados por imaginários desvãos...
Estão com dificuldade para sonhar,
Para acreditar,
Para confiar...
...Para entregar!
Não olham pra cima.
Não trocam a violenta rima.
Mantêm-se cabisbaixos,
Vivendo por baixo,
Em um autossacrifício,
Que não passa de desperdício.
Quando se deparam com um sentimento
Verdadeiro,
Como o impulso cósmico primeiro.
O criador das melhores melodias...
A mais cristalina sintonia!
Quando a cumplicidade proporciona o alinhamento,
...Não sabem o que fazer.
Por medo de sofrer,
Desandam a correr,
Pondo tudo a perder.
Então sofrem, choram, tornam-se amargos,
Remoendo o leite derramado,
O beijo perdido...
... Todo o carinho!
Desviam a afeição
Para a cega devoção,
Para o esporte,
Para o trabalho,
Qualquer porcaria de atalho...
Desenhando assim, a profundidade de seu próprio corte.
Talvez, se conhecessem um pouco,
A intimidade da floresta,
Das montanhas desta Terra...
Se olhassem para o mar
E se permitissem velejar...
Se se reparassem
De verdade,
Ao invés de fraudarem personalidades...
Se se gostassem!
Tudo se resolveria.
Aliás, tudo se resolverá.
De uma forma ou de outra,
Com uma fome louca...
Em uma encantada melodia,
Tudo se encaixará
E se enternecerá!
Vídeo indicado
Isabella Taviani e Myllena
"Quando"
Fotos - Wé e Narlei - Sto Antonio do Itambé - Minas Gerais