Vícios

O vício reduz o tempo

Da minha cabeça à prêmio

Que a vida anunciou

Nos neons como é costume

Nas luzes negras impunes

Dos antros aonde vou

Nos Imãs da morte à prazo

Nos hábitos retrô, cigarros...

Nos ninhos onde me fui largar

Nas madrugadas insones

Vôo sem bússola sem teto

Porque considero perto

O lugar que vou estar

O lugar é o tempo que urge

Mas não me importo com tempo

Nem com nada que me trave

Só fico atento a indícios

De acabarem os meus vícios

Sem que eu por mim mesmo pare