Castelo de areia

Há dias em que os tristes pensamentos
nos cobrem os olhos e a felicidade dispensas,
não encontramos nem nossos sentimentos
apenas enxergamos nossas próprias ofensas;
Nessas horas, devemos estar sempre atentos
para que as nossas tristezas não se tornem intensas
pois assim, a dor e a escuridão ela nos concede
e quanto mais escuro nossos olhos não percebe.

Há dias em que caímos num abismo profundo
por alterar aquilo que nos foi consagrado
não sentimos mais a essência que tem o mundo
talvez com vergonha, andamos disfarçado;
Mas serve a luz que em nós vive eterna
a que devemos estar totalmente viciado
assim, nos tornamos seres de colonias divinas
com mais entendimentos, deixamos de ser almas peregrinas.

Olhar para nós mesmos, nos observar, sem ter pressa
não resumir nossa vida quando o pensamento paira na loucura
produzir o melhor é um bem que nunca cessa
administrar nossos erros é encontrar a própria cura;
Se há um abismo, façamos uma ponte, que o outro atravessa
boa parte da nossa estadia aqui nesse plano, é dura
tristeza, como posso dizer, é feito um castelo de areia
e a felicidade é como o mar, o castelo se desmancha, na onda primeira.

Chagas Neto
Enviado por Chagas Neto em 19/06/2012
Código do texto: T3733157
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