AFINAL, QUEM SOU EU?
Não tento agradar,
Não temo tentar,
Errar, me arrepender...
A vida é uma bolha,
Enche o saco, estoura...
Sou aquele que destoa...
Que faz versos à toa...
Que gosta da noite,
E da fina garoa...
Não tenho preso o rabo,
Escrevo por prazer, ainda
Que com um travo amargo.
Não temo desagradar...
Tanto faz, me criticar ou elogiar,
Minha paciência,
Sempre anda por um fio...
Entrega é loucura,
Cai num imenso vazio...
Sou metade amor, doçura,
Metade revolta, amargura...
Sou sentimentos confusos,
Canto, silêncio, clausura...
Sorrisos e lágrimas...
Tempestade e calma...
Sou eu morando,
Com minha rebelde alma.
Quem sou eu?
Homem...
Anjo ou um vendaval?
Eu sou algo inaceitável,
Eu sou eu... e ponto final...