Persistente construção
Parei no decorrer dos anos
Eles estavam parados
Eles não me disseram nada
Eles estavam mudos
Ao contrário da pretensão
Tive pena de mim por horas
Estava em um estado triste
Sem ter pra que sonhar
Ao me sentar em um balanço
Do qual me lembrava minha infância
Tento a convicção de que foi o certo,
E não o errado
Hoje eu vejo
Que tudo pode ser nada
Mesmo que não queria dizer
Preciso aprender a perder ás vezes
Mesmo sendo difícil recuar
Seja por medo ou uma coisa qualquer
Não se prende um coração cheio de angústias,
Pois ele pode querer sair da gaiola
Tudo tem seu preço
Não se faz um castelo de cristal
Com pedras de areia
Ele precisa de ferramentas concretas,
Ou é definitivamente levado pelo vento
De onde se olha somente pó jogado no ar
Onde não se tem nada dentre os dedos
Não se fez nada pra começar a construir.