Árvore florida




Ando pelo comprido corredor iluminado pelo dia.
Chego à janela e vejo lá fora a árvore toda roxa;
Em seus galhos os pássaros locais em algaravia,
Os insetos voam; as flores, felizes, deles debocha.

O zumzum é grande e a criançada seu viço amplia.
Brincam com as pétalas caídas que atapetam o chão.
Imploro, numa muda prece, que esse tempo de alegria,
Que essa agitação, flua sempre, para ampliação

Da visão de mundo futuro, em contraposição
A indelicadeza que murcha e seca o coração.
A árvore espera, paciente e guarnece o chão

Esperando a bela recompensa da gratidão.
Humana? Talvez. Transformadora serena,
Por enquanto... afaga as cabeças pequenas.