A RUA QUE CONTINUA

Não, nunca deixar as palavras

frias, num tempo frio de papel !...

Por isso abrir o verbo no verbo numa brecha

___no que ele tem de vida___

como o furo na represa irriga todos os trigos e os campos úmidos

/ do verde e branco... arroz...

Mesmo que

retratemos a vida em

blocos fixos

não sejam eles os definitivos

mas sirvam... pra comparar !...

Dizer é melhor que não dizer dos vagos

amorfos

a Vida se concretiza e sua sede infinita :

Mais Vida

Furar a grande muralha com aquela agulha íntima dos Sonhos

contornar as grandes alamedas do vazio

com música

e derrear o céu com Sol que a tudo

nutre

Não deixar morrer a luz que anuncia

e torna o dia útil

com um coração trazido pras pedras!...

Pura, a Nossa humana a Nossa rua

íntegra de sois ao céu azul se

continua

Jorge Sunny
Enviado por Jorge Sunny em 14/06/2012
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