A RUA QUE CONTINUA
Não, nunca deixar as palavras
frias, num tempo frio de papel !...
Por isso abrir o verbo no verbo numa brecha
___no que ele tem de vida___
como o furo na represa irriga todos os trigos e os campos úmidos
/ do verde e branco... arroz...
Mesmo que
retratemos a vida em
blocos fixos
não sejam eles os definitivos
mas sirvam... pra comparar !...
Dizer é melhor que não dizer dos vagos
amorfos
a Vida se concretiza e sua sede infinita :
Mais Vida
Furar a grande muralha com aquela agulha íntima dos Sonhos
contornar as grandes alamedas do vazio
com música
e derrear o céu com Sol que a tudo
nutre
Não deixar morrer a luz que anuncia
e torna o dia útil
com um coração trazido pras pedras!...
Pura, a Nossa humana a Nossa rua
íntegra de sois ao céu azul se
continua